Um querer de pele é uma verdade constante, é ainda mais do que uma paixão, é cru, é nu, é feito de carne e osso, suor e risos, vibra, mexe, pulsa, transforma as células e as pupilas gustativas, cientificamente falando regenera-se quimicamente, há vida em todos os poros, há cor nos detalhes que até então passavam despercebidos. O meu corpo reconhece-te como um todo feito para ampliar o que existe aqui e aí, é uma troca sem bloqueios, é um som repleto de silêncio, é uma viagem no mais ínfimo da essência, é um clímax suspenso como subir ao cimo de uma montanha e receber o ar fresco ao som de um coração a gritar por vida. É entrar no teu tesão por mim e receber o teu prazer como um desejo meu através do desenho feito pela ponta da minha língua no teu prepúcio, glande, testículos, é acompanhar-te a crescer como quem te sente por dentro, é ouvir-te a tremer no meu gemer e gozar o momento no respirar-te. É Perder o domínio do corpo quando me deixo nas tuas mãos e guias-me pelo prazer que me das, entras-me como se soubesses o que eu preciso a seguir. O prazer contigo não é um fim em si mesmo, é uma constante descoberta de se ver em ti mesmo, é um encontro de uma verdade paralela a qualquer outro adjectivo que possa limitar a arte do desejo.
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