16/04/2011

O Óbvio

Obviamente quero-te.
Como poderia não querer
esta cumplicidade que nos une.
Obviamente provoco-te.
Como poderia evitá-lo
se tu me tentas a cada passo.
Obviamente que me entrego.
Porquê ser dominadora
se essa entrega me liberta.
Obviamente sou tua.
Como poderia negá-lo
se o corpo o diz mais claramente do que as palavras.
Obviamente és livre.
Não se agrilhoam dragões
a menos que se queira que definhem.
Obviamente sou livre.
E a minha escolha é manifestação da minha vontade
por mais errada que ela possa parecer aos demais.
Tudo isto é óbvio.
Mas o mais importante
é que tudo isto
é certo.


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