26/05/2012
minha jovem eterna de mãos de radium minha fonte que enche a boca de estrelas
meu grande ventre de movimentos marítimos meu incêndio possuído numa cama de meteoros
meu sopro de todas as potências minhas costas de Mar e de Terra
minhas coxas de deboche minha mulher de movimentos de fuzilamento de movimentos loucos
minha flor de sangue de ferro de esperma minha destruição luminosa
minhas nádegas de noite e de loucura
MEU AMOR
Habito a lealdade dos presságios
Começo a ser um bom leito para o meu sangue
- ernesto sampaio
in http://belosmalditos.blogspot.pt/
19/05/2012
Nunca mais
Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
- Sophia de Mello Breyner
11/05/2012
10/05/2012
07/05/2012
05/05/2012
BELOS E MALDITOS: A história d'eles - O que se passa entre nós?
Gosto de ti, gosto tanto de ti!
E enquanto dizia isto começou a despi-lo, tirou-lhe o casaco, a gravata, a camisa. Ele olhava-a, surpreendido.
Não esperava. Vacilou.- E o que é que eu faço agora?
Abraça-a!
Abraço-a, e depois?
Depois beija-a, grande parvo que tu és!
A atrapalhação dele confundiu-a. – Pensei que era isto que tu querias.
Ele calou-se, limitando-se a olhá-la. Ela puxou-o para si e beijou-o.
Um calor, uma tremura, uma vertigem tomaram conta dele.
Quando entrou dentro dela, gritou o seu nome.
O sexo dela engoliu-o, triturou-o, devorou-o.
Explodiu e sem se aperceber disse: amo-te!
A mão dela espalhou o semen na barriga, no tronco dele.
Ele lambeu-lhe os dedos, beijou-lhe a boca, beijou-lhe o ventre, lambeu-lhe o sexo.
Num salto, ela estava em cima dele oferecendo-lhe o sexo, as costas arqueadas, ajoelhada sobre o seu rosto.
Ele parou de se mexer, sentindo a sua própria erecção.
Estava profundamente excitado.
Lentamente começou a lambê-la, ela fugia e voltava, voltava e fugia-lhe. A excitação dele cresceu. Mordeu-lhe os mamilos. Gemia de desejo, de antecipação. Ela contorcia-se na boca dele. Com uma mão tocou-lhe os testículos, um estranho tremor apossou-se dos dois. Os gemidos dela, o corpo dela.
Vem! Penetra-me agora!
E de novo a penetrou, e as palavras que lhe disse ficaram mudas dentro dele, por não querer dizer, por não querer admitir.
16.26, um dia a mais no nosso romance, o dia em que me disseste: o que se passa entre nós?
texto à mistura com "Os Passarinhos" de Anaïs Nin
E enquanto dizia isto começou a despi-lo, tirou-lhe o casaco, a gravata, a camisa. Ele olhava-a, surpreendido.
Não esperava. Vacilou.- E o que é que eu faço agora?
Abraça-a!
Abraço-a, e depois?
Depois beija-a, grande parvo que tu és!
A atrapalhação dele confundiu-a. – Pensei que era isto que tu querias.
Ele calou-se, limitando-se a olhá-la. Ela puxou-o para si e beijou-o.
Um calor, uma tremura, uma vertigem tomaram conta dele.
Quando entrou dentro dela, gritou o seu nome.
O sexo dela engoliu-o, triturou-o, devorou-o.
Explodiu e sem se aperceber disse: amo-te!
A mão dela espalhou o semen na barriga, no tronco dele.
Ele lambeu-lhe os dedos, beijou-lhe a boca, beijou-lhe o ventre, lambeu-lhe o sexo.
Num salto, ela estava em cima dele oferecendo-lhe o sexo, as costas arqueadas, ajoelhada sobre o seu rosto.
Ele parou de se mexer, sentindo a sua própria erecção.
Estava profundamente excitado.
Lentamente começou a lambê-la, ela fugia e voltava, voltava e fugia-lhe. A excitação dele cresceu. Mordeu-lhe os mamilos. Gemia de desejo, de antecipação. Ela contorcia-se na boca dele. Com uma mão tocou-lhe os testículos, um estranho tremor apossou-se dos dois. Os gemidos dela, o corpo dela.
Vem! Penetra-me agora!
E de novo a penetrou, e as palavras que lhe disse ficaram mudas dentro dele, por não querer dizer, por não querer admitir.
16.26, um dia a mais no nosso romance, o dia em que me disseste: o que se passa entre nós?
texto à mistura com "Os Passarinhos" de Anaïs Nin
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